Papo de Amor

R. Duccini

"Quando o abraço apertado
Se encaixa é como se o mundo
Parasse alí, é como se a vida
Acabasse. Sei lá..."

Mãos estendidas
Pintadas de vermelho
Roxo de vinho
Anunciação
Dos olhos que se cruzam
E param e ficam
E vão e vem no vento do hálito
Desejo
De conhecer
Sem falar
Até o momento
o mergulho
no infinito do seu Universo
No deslize
das linhas da sua cintura
No papo reto
da sua saia,
Tua calça
aberta
Na escada
SAGRADA
Às vistas do céu
No chá das 5
em Porto Alegre.
O beijo na pele
(Leite com caramelo-claro)
Que se confunde
com o vão aberto
Pelos lábios
no não dito
das nossas bocas
Até o sincero
Eu te amo,
que jorra do corpo
No movimento
Sinuoso dos kilometros
Até os dedos que se traçam
E enlaçam caminhos
Galgados no ar,
Irrompendo fronteiras
Recriando maneiras de amar.

 

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