Preto (um samba-canção)

R. Duccini

Preto
Deixa ser seu acalanto
essa noite
cantar meus versos errantes
dançar nas sombras da sua saia
Te erguer pelas mãos nas ruas
de asfalto
Preto
Que quando a madrugada chegar
Não sei se posso ficar
Por mais que um momento
Um momento
Que eu vou morrer de rir
Quando tiveres de partir
E for adentrar, colorir
O tempo
E na cadência do meu coração
Vou juntando no agora
a paixão
Das nossas peles em movimento
E tu
canta nas trincheiras da história
Teu verso livre, apaziguado,
que de tanto
Mais tanto
Torturado,
quase se esqueceu
Que aos abraços os braços
Ao afeto
se deu.

 

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