Alucinações

Mario Ulbrich

Alucinações

As copas
das árvores
a balouçar.
Os uivos
do vento
a ulular.

Afastei as cortinas da janela,
pouco pude vislumbrar:
negra noite, assustadora escuridão.
De repente, espectros, fantasmas
em frenéticas danças, a bailar.

Cerrei o cortinado,
voltei para a cama
fechei os olhos
e pus-me a pensar:

- É apenas um sonho
que irá fenecer,
quando eu acordar,
e o dia nascer.

As folhas
das árvores
ao vento
a farfalhar.

Voltando à janela
e seu véu afastar,
Vi o sol radiante
Ao dia iluminar;
folhas caídas
ao vento a rodar.

À sombra, nas árvores
exaustos, exauridos,
pelo cansaço vencidos,
espíritos assombrados,
em sono profundo
no chão estirados.

 

voltar para página do autor