Eu do Povo

Marcus Vinicius Martins

Meu reino vê
Como se pudesse pensar...
Que o silêncio
Eu vivo
Não por deixar de falar!
Ai está à revolta
É dizer
Mas...
Sem nenhuma resposta.

Minhas cidades se olham
Como se pudessem viver...
Que o próprio erro
Eu sei
Não por deixar de saber!
Aí está a ilusão
É saber
Mas...
Sem nenhuma opção.

Minhas ruas se olham
Como se pudessem mentir...
Que a própria dor
Eu sinto
Não é deixar de sentir!
Ai está o perigo
É sentir
Mas...
Sem nenhum sentido.

A consciência me pergunta
Eu respondo
A razão me argumenta
Eu aceito
Mas...
O sentimento chora
A me comover
Por todos
Que compõem o mundo
E o submundo
Do meu ser...
Ser do meu Ser!

 

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