O tanto que te odeio

Maria Avelina Fuhro Gastal

Texto produzido para o grupo de escrita do Metamorfose - setembro/2018

Odeio teu whats silenciado, tua demora a responder
Odeio tuas respostas, curtas, secas, áridas
Odeio tua distância e tua ausência
Odeio o medo que não venhas
Odeio tua mão que me toca, mas não me acaricias
Odeio teu olhar que me desnuda, mas não me despes
Odeio teu sorriso que me amolece
Odeio meu nome em tua voz que me encanta
Odeio tua boca que não me beija
Odeio tua vida sem mim
Odeio minha vida sem ti
Odeio a sensação de que nunca mais te verei a cada vez que te vejo
Odeio o quanto já vivemos
Odeio o quanto temos pouco para viver
Odeio tudo que calo
Odeio tudo que temo ouvir
Te odeio por não me querer
Me odeio por ainda te querer tanto.

 

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