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Entrevista com Marina Mainardi, vencedora do Prêmio Odisseia de Literatura Fantástica - Narrativa Longa de Fantasia


O livro “A única certeza é a morte”, de Marina Mainardi, lançado pela Edirora Metamorfose em 2021, vence a quarta edição do Prêmio Odisseia de Literatura Fantástica, na categoria Narrativa Longa Fantasia. O evento de premiação ocorreu em formato remoto em outubro de 2022.

Marina Mainardi é egressa do Curso de Formação de Escritores e ao divulgar a conquista em suas redes sociais fez um agradecimento: “Além do pessoal da Odisseia, agradeço ao Marcelo Spalding, da Metamorfose, e a Kátia Regina Souza, por toda orientação que foi tão essencial ao longo do processo de escrita”. Conversamos com a escritora sobre o livro, a premiação e seus planos.

Editora Metamorfose - Como foi a trajetória até vencer o Prêmio Odisseia de Literatura Fantástica? 

Marina Mainardi - Esse foi o livro publicado no final do Curso de Formação. Eu comecei em 2019, com uma ideia completamente diferente, que acabou nunca saindo do bloco de notas do celular.

Aí, por algum motivo achei divertida a ideia de uma pessoa suicida que literalmente não pode morrer, e a história foi meio que se montando a partir disso.

Aproveitei o começo da quarentena em 2020 pra escrever a maior parte, e fomos adiando o lançamento (já que ia "acabar daqui a pouquinho"). Tivemos que aceitar que não ia rolar um evento presencial tão cedo, então foi tudo online mesmo. E foi ótimo! Fiquei com medo de não vender nada, e foi bem melhor do que eu esperava. Me inscrevi na Odisseia também sem grandes expectativas, já que foi a minha primeira obra, e tive essa ótima surpresa.

EM - O principal elogio feito ao seu livro no momento da entrega do prêmio foi a fluidez da leitura. Nos fale um pouco sobre a sua técnica de escrita que faz com que o leitor "não consiga parar de ler".

MM - Eu adoro esse elogio, e fico muito feliz em ter ouvido de mais de uma pessoa! Mas na verdade não sei responder a essa pergunta. Nunca parei pra pensar nisso. O melhor que posso dizer é que eu sou o meu próprio público-alvo, escrevo o que gosto de ler (e torço pra que os outros também gostem). Os autores que eu mais leio também acabam influenciando a minha escrita, e nesse caso acho que o Neil Gaiman foi a maior influência.

EM - Conte um pouco sobre o seu livro A única certeza é a morte para quem não conhece a obra.

MM - Sempre achei meio difícil descrever direito. Porque tenho que explicar que a história é sobre uma mulher suicida que faz um pacto com um demônio - ela ajuda a completar uma vingança, em troca de receber a morte que deseja. Só que é leve e divertido, eu juro!

EM - Qual seria a sua dica para autores iniciantes que desejam publicar sua obra e se inscrever em prêmios literários?

MM -Eu ainda sou bastante iniciante, tanto em relação à publicação, quanto a prêmios. Só posso recomendar que acreditem na própria obra, vão em frente e tentem. Eu recomendaria evitar toda a ansiedade e insegurança que batem, mas sei que não adianta muito dizer isso.

EM - De que forma o Curso de Formação ajudou você nesta caminhada?

MM - Eu só cheguei até aqui graças ao curso, sem dúvida. Percebi que uma coisa é gostar de escrever. Mas saber estruturar uma história e achar as palavras certas pra transmitir o que tu quer, e no tom certo? É algo que se precisa aprender e treinar muito.

E isso sem falar em toda a comunidade de escritores com a qual eu só entrei em contato através da Metamorfose. É maravilhoso ter grupos de amigos escritores dando feedback e encorajamento.


01/11/2022