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Prisioneiro das Amazonas

O mundo pretensamente civilizado desde que chegou ao Brasil se surpreende com os povos indígenas, seus enigmas e suas lendas. O eterno desconhecido ressurge ao simplesmente mencionarmos os nomes Amazonas, Nhamundá, Manohá, Omagua ou a busca do Eldorado e nos faz sonhar.

Somam-se a estes, os rastros das trilhas dos Vikings desde a Cordilheira dos Andes até o Piauí ou as famosas inscrições rúnicas da Pedra da Gávea no Rio, em cuja parede norte se distingue um rosto humano barbudo, enquanto no capacete de pedra existem inscrições feitas provavelmente por mãos fenícias.

Na minha leitura da juventude, alimentei a curiosidade sobre aquelas mulheres guerreiras da antiguidade que queimavam um dos seios para melhor manejarem seus arcos e com as flechas certeiras, recheadas do venenoso curare, eliminarem seus inimigos.

Frei Gaspar de Carvajal, ao escrever sobre as peripécias da expedição do zarolho Francisco de Orellana em 1542, conta que interrogou um velho índio de nome Apária sobre estas fantásticas mulheres brasileiras. Após o ataque destas misteriosas índias muito brancas, altas e musculosas, os cabelos trançados e enrolados na cabeça, as vergonhas cobertas, Orellana pediu aos cartógrafos que o nome do grande Maranhon fosse mudado para Rio das Amazonas.

Estas narrativas soaram como desafio, unindo meus neurônios num só, deixando-me a cada dia que passa mais sedento de aventuras, produzindo uma cascata de sonhos presente desde aqueles tenros anos, ancorada nas selvas da minha juventude.

As misteriosas mulheres, as icamiabas, lideradas por uma senhora de nome Comõri, exercendo extraordinários poderes xamãnicos já estavam aqui na nossa floresta amazônica. Os Muiraquitãns, amuletos de pedra jade com que premiam os guerreiros geradores de suas “filhas”, oferecem em rituais sexuais aos homens escolhidos seus dotes femininos. Simples mulheres selvagens, quase feras, capazes de amar secretamente os homens, a prole ou odiá-los, além de serem mães exemplares num mundo para nós incompreendido e cruel.

H. A. Henrich

Ficha técnica
Autor: Hélio Alberto Henrich
Nº de páginas: 228
Gênero: Narrativa longa